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Revezes e Dilemas: Cinco Réus dos Atentados de 11 de Setembro Aguardam Julgamento em Guantánamo

Cinco réus ligados aos atentados de 11 de Setembro, presos em Guantánamo, esperam julgamento há mais de 20 anos. Eles confessaram o crime em 2007 após alegados anos de tortura, levando a uma disputa sobre a admissibilidade das confissões como prova.

As negociações de um acordo que implicaria prisão perpétua em vez da pena de morte estão em andamento, mas enfrentam obstáculos políticos e médicos. A principal acusação recai sobre Khalid Shaikh Mohammed, considerado o idealizador do ataque.

Familiares das vítimas estão divididos entre apoiar um acordo para encerrar o caso rapidamente ou exigir um julgamento transparente. As comissões militares de Guantánamo enfrentam críticas de falta de imparcialidade e autonomia, e a situação continua em impasse.

Na última quarta-feira (6), o governo de Joe Biden já rejeitou, por exemplo, uma lista de condições propostas pela defesa para aceitar um acordo, entre elas tratamento para distúrbios do sono, lesões cerebrais e danos gastrointestinais, que os réus afirmam ser consequência do período em que foram torturados. A informação foi obtida pelo jornal The New York Times.

Há ainda outro complicador: em agosto, uma junta médica militar avaliou que um dos acusados, em decorrência de uma doença mental, é incapaz de ir a julgamento ou fazer um acordo, segundo o jornal americano.

Ele teria recebido o diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático. Cabe agora ao juiz decidir se ele será separado dos demais ou se a Justiça vai aguardar o tratamento do réu.

Os outros quatro réus são os sauditas Walid bin Attash, 45, e Mustafa al Hawsawi, 55, o iemenita Ramzi bin al-Shibh, 51, avaliado como incapaz pela junta médica, e o paquistanês Ammar al-Baluchi, 46.

 

Créditos: Folha de São Paulo/ foto: Reuters

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Ageiél Machado

Jornalista laureado pela UNIVEL, 2021. Pós-graduando em MBA Marketing Digital.

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