Líder do Hamas, Ismail Haniyeh, é morto em ataque aéreo
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto por um ataque aéreo antes do amanhecer na capital iraniana na quarta-feira, informaram o Irã e o grupo militante, culpando Israel por um assassinato que arrisca escalar o conflito, mesmo enquanto os EUA e outras nações tentam evitar uma guerra regional total.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança contra Israel, dizendo que Israel havia “preparado um castigo severo para si mesmo” ao matar “um querido convidado em nossa casa”.
Impacto nas Negociações de Paz
A morte de Haniyeh pode levar o Hamas a se retirar das negociações para um cessar-fogo e um acordo de liberação de reféns na guerra de 10 meses em Gaza, que mediadores dos EUA disseram estar progredindo.
O assassinato de Haniyeh também pode inflamar ainda mais as tensões entre Israel e Hezbollah. Na terça-feira, Israel realizou um ataque em Beirute que matou um comandante do Hezbollah.
Questionado sobre a morte de Haniyeh, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que não estava ciente ou envolvido no ataque, mas reiterou a importância de um cessar-fogo. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, expressou esperança em uma solução diplomática na fronteira Israel-Líbano.
Atividades do Hamas e Israel
Haniyeh deixou a Faixa de Gaza em 2019 e viveu no exílio no Catar. Durante suas últimas horas no Irã, ele participou da cerimônia de posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. Horas depois, um ataque aéreo atingiu sua residência em Teerã, matando-o.
A Guarda Revolucionária do Irã prometeu uma “resposta dura e dolorosa” a Israel. A ala militar do Hamas declarou que o assassinato de Haniyeh “leva a batalha a novas dimensões”.
Campanha de Israel em Gaza
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que Israel continuará sua campanha em Gaza até que o Hamas seja completamente eliminado. Após meses de bombardeios, o Hamas ainda pode operar em Gaza e disparar foguetes em Israel.
Além de uma retaliação direta contra Israel, o Irã pode aumentar os ataques por meio de seus aliados, incluindo o Hezbollah, milícias xiitas no Iraque e na Síria, e os rebeldes Houthi no Iêmen.
Fonte/foto: Associeted Press
