Economia

Mesmo com aumento de taxas, déficit público bate recorde no 1º semestre de 2024

Apesar das novas taxas implementadas pelo governo, as contas públicas não apresentaram melhora significativa no 1º semestre deste ano. O déficit aumentou expressivamente, alcançando R$ 43,4 bilhões, o que corresponde a 0,78% do PIB.

Análise dos Resultados

Esse resultado representa mais que o dobro do déficit registrado no mesmo período do ano passado, configurando o pior 1º semestre desde os altos gastos ocasionados pela pandemia em 2020. A análise detalhada do resultado é a seguinte:

  • Governo Federal: registrou um déficit de R$ 40,2 bilhões;
  • Estados e Municípios: fecharam com um déficit de R$ 1 bilhão;
  • Empresas Estatais: tiveram um saldo negativo de R$ 1,74 bilhão.

Esses números revelam que, mesmo com o aumento de impostos, a arrecadação tributária do governo não foi suficiente para cobrir as despesas. Essa situação contrasta com a promessa do presidente Lula de equilibrar as contas públicas ainda este ano, gastando apenas o que arrecada. No entanto, devido à piora da situação fiscal, essa meta foi postergada para 2025.

Crescimento da Dívida Pública

Além de estar com as contas no vermelho, o governo vem se endividando mais. A dívida bruta do Brasil chegou a 77,8% do PIB no mês passado — o maior patamar desde 2021.

Se hoje o valor passa dos R$ 8,7 trilhões, pelas projeções do próprio governo, a dívida pública vai continuar subindo até 2027, quando deve atingir o pico de quase 80% do PIB.

Impactos e Perspectivas Futuras

No fim do dia, a dívida pública é o “cheque especial” do governo, e um endividamento maior pode comprometer a capacidade de investir em áreas essenciais como saúde e educação. Além disso, o aumento da dívida pública pode aumentar a desconfiança do mercado sobre o risco de calote do país.

A crescente preocupação com o déficit público ressalta a necessidade de uma gestão mais eficaz dos recursos públicos e uma revisão das políticas fiscais para garantir a sustentabilidade financeira do país.

Créditos: The News

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